Há muitos anos, uma amiga falou algo que mudou bastante o jeito que eu faço decoração. Ela disse ‘o que você bota nas suas paredes tem que ser algo marcante pra você, que transmita tuas paixões’. Eu adotei esse lema, e acho muito legal pensar que, quando alguém entra na minha casa, essa pessoas pode descobrir muito de mim só de olhar pros quadros e peças espalhados pelos ambientes.
Como vocês podem imaginar, nos últimos anos Jane Austen começou a cobrir vários desses espaços. Bom, se eu tenho citações dela tatuadas na minha pele, (e um cachorro batizado por ela) as paredes da casa é que não iriam escapar.
A adição mais recente é um banner de tecido no meu quarto. ‘My feelings will not be repressed’, as primeiras palavras que Mr Darcy fala para Elizabeth Bennet quando a pede em casamento pela primeira vez, em Orgulho & Preconceito.
Tenho outras passagens de Orgulho & Preconceito em quadrinhos em outros cantos do meu lar. Mas outros livros e outros personagens de Jane também aparecem. Transformei um baralho ilustrado com vários personagens em um quadro, que fica acima do sofá da sala. Tenho selos comemorativos enquadrados na entrada da casa. Só não vê Jane quem não quer!
Jane não foi minha primeira ‘obsessão’ que se tornou parte da decoração. Nas minhas paredes tem paisagens, tem feminismo, tem homenagens a lugares que amo, tem cultura brasileira, e tem até memorabília da pandemia.
Imagino que exista uma teoria acadêmica por aí explicando em palavras difíceis porque eu (e tanta gente, imagino) gosto de exibir nas paredes essas coisas que fazem meu coração bater mais forte. Mas eu acho assim: olha pras paredes, elas explicam boa parte da minha vida, da minha personalidade e das minhas paixões bem mais explicitamente do que eu conseguiria articular.
Adorei! Minha parede não tem Jane, mas ela está por todos os cantos da casa em outras formas 🫶👏