Primeiro texto é sempre assim, não é? Meio sem jeito, desconjuntado, gauche na vida. É como primeiro filho, primeiro pet, primeiro amor.
É desse jeito que os primeiros vão abrindo caminho.
Pois, eu adorei o primeiro texto da Helô por aqui. Foi pessoal! E imagino que vocês - que estão “no caminho” com a gente - estivessem de fato esperando algo assim. Leve, cativante e que, sem perceber, nos apresente novas informações e perspectiva sobre o trabalho e a vida da Jane Austen.
Acertei?
Nós descobriremos juntos. Eu realmente estou contando com a participação de vocês por aqui. Muito! Com palpites, comentários; a famosa interação perspicaz, às vezes desbocada (quem aqui esteve nos bookclubs?) e, é claro, com as referências ao nosso repertório de atualidade/ banalidades (boy lixos etc).
Vai ser bom, certamente.
Daí, fiquei pensando: na leveza e no chameguinho acho que estamos garantidas, então por que não aproveitar esse espaço e focar também na parte da informação e conhecimento?
Eu e a Helô - cada uma do seu jeito - não somos nada chegadas ao linguajar acadêmico. As formalidades, as notas de rodapé, aos intelectuais presos ao universo acadêmico, as pomposidades da torre de marfim… definitivamente nada disso me interessa (e vocês sabem que tive bons anos trabalhando e estudando no meio). Reconheço o valor, é necessário, mas o Saber que não se movimenta, que não chega na boca do povo, perde o sentido para mim.
Eu sei que é uma opinião muito pessoal e particular, no entanto é ela que explica o porquê da nossa gana em falar de Jane Austen aqui, em meios mais relaxados (e comunicativos).
Enfim, o que quero dizer é: queremos aqui também nos dar a liberdade de falar um pouco mais detalhadamente sobre assuntos que muitas vezes não conseguimos explicar nos nossos tours ou no podcast.
Queremos contar sobre a região de onde Jane Austen veio, sobre as interações sociais da sua época, detalhes da vida cotidiana. As possibilidades são infinitas.
Não é maravilhoso? Aqui eu posso explicar o que foi a gentry inglesa! Finally! (risos). Vocês vão ver como entender a aristocracia rural inglesa (a gentry) muda a maneira de ler a obra de Jane Austen.
É isso! Fica com a gente que, por aqui, teremos textos pessoais, reflexões, curiosidades, pesquisa e, para além disso tudo, uma espécie de “kit da sagacidade” para entender Jane Austen com propriedade. Lembrando que nós temos a nossa perspectiva subversiva e focada na sororidade quando falamos sobre a autora.
Vai ser especial armar esse nosso grupo com conhecimentos, uma espécie de cajado e mochila ;) sobre a nossa Jane Austen.
Vamos lá! “Ao Caminho!”
Vambora!!